“No silêncio do meu quarto ninguém pode ver
O tanto que palavras fazem sofrer
Por ser diferente as pessoas acham que
O tanto que palavras fazem sofrer
Por ser diferente as pessoas acham que
Podem ferir alguém como se não fosse...”
A escola é um espaço direcionado a aquisição de conhecimentos, e serve como meio de socialização do ser humano que se inicia na fase da infância, em que a criança começa a vivenciar experiências e descobrir o mundo que para ela é cheio de cores, contos, cantos, brincadeiras e curiosidades. Porém, não é sempre assim. Casos de violência escolar viraram assuntos corriqueiros, e por muitas vezes noticiados em programas televisivos.
Quem não se lembra da tragédia na escola de Realengo no Rio de Janeiro? Se não se lembra, ou não é mais assunto da mídia, com certeza a comunidade local que vivenciou toda a barbárie até hoje deve recordar de forma triste e sofrida. Esse foi apenas um exemplo de violência na escola, mas existem outros tipos, um dos quais é aquela que se destina a tipos de ‘brincadeiras’ – de extremo mau gosto- entre estudantes que funciona a partir das humilhações, insultos, intimidações e constrangimentos para como o outro, que geralmente é escolhido por ser diferente.
“...Você pode respeitar e é capaz de amar alguém que sofre em silêncio?
Você pode respeitar e pode entender que bullying fere a alma?..”
Você pode respeitar e pode entender que bullying fere a alma?..”
Quem nunca presenciou esse tipo de violência na escola? Realmente isso acontece a muito tempo e no mundo todo, porém na sociedade contemporânea ela tem se intensificado e causam vários problemas de ordem psicológica, moral, física e material para aqueles que sofrem tais insultos. Estamos falando sobre o Bullying.
“...Todos diziam que era brincadeira
Enquanto eu sofria em silêncio
Por ser excluído eu me afastava sem esperar
Enquanto eu sofria em silêncio
Por ser excluído eu me afastava sem esperar
Que pudesse explicar o que havia de errado...”
Tal termo é mundialmente conhecido, e serve para classificar comportamentos anti-sociais e puramente agressivos. Mas, o que leva o indivíduo a se tornar uma pessoa perversa e agressiva? Alguns especialistas (CONSTANTINI, 2004; FANTE, 2005) apontam que existem várias causar, que transitam desde a violência domestica, carência afetiva, criação sem limites e reprodução de comportamentos de afirmação de poder e autoridade presenciados em casa.
“... Seu filho pode ser a vítima
Seu filho pode ser o agressor
Mas terá chance (terá chance)...”
Seu filho pode ser o agressor
Mas terá chance (terá chance)...”
Percebemos que o fator criação e convívio familiar é o grande influenciador no comportamento infantil, pois a criança reproduz em certo grau aquilo que é percebido no meio em que ela interage. A formação da personalidade e caráter de uma criança é influenciado por toda e qualquer experiência que ela possa vivenciar, desde a interação no seio familiar a ideologias perpassadas nos programas e propagandas de TV, brinquedos... Cabe aos pais estarem atentos aos seus próprios comportamentos em casa, e também alertas para aquilo que a criança consome com telespectador, pois são grandes os números de desenhos infantis altamente violentos e brinquedos que estimulam a agressividade.
“... Se todos puderem respeitar e serem capazes de amar alguém que sofre
Se todos puderem respeitar e entender que bullying fere a alma
Quero saber se você é capaz de ajudar alguém assim...”
Se todos puderem respeitar e entender que bullying fere a alma
Quero saber se você é capaz de ajudar alguém assim...”
Sofrendo em Silêncio
Composição: Adriele Lima / Lélio Calhau
LEIA MAIS:
CONSTANTINI, Alessandro. Bullying, como combatê-lo? : prevenir e enfrentar a violência entre jovens. SP: Itália Nova editora, 2004
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FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2. ed. rev. Campinas, SP: Verus editora, 2005.